quinta-feira, 31 de março de 2011

A transformação a partir do Senso Comum (uma análise reflexiva)


Às vésperas da avaliação do “Portfólio” em que estarão contidos os processos de aprendizagem das Unidades Curriculares referentes a Produção do Conhecimento Científico (Pesquisa em Educação) e Gestão Escolar, é inevitável pensar na metamorfose (talvez essa palavra seja um pouco forte...) que a graduação pode causar na vida de um indivíduo.
            Chegamos à Universidade pensando de forma ingênua, como se refere Paulo Freire e, se tivermos sorte, sairemos dela pensando criticamente (ou epistemologicamente se preferirem).
            Nesse percurso somos apresentados ao “Senso Comum” e também o seu oposto, o “Pensamento Científico” (ou pensamento crítico). É doloroso. Causa estranhamento, arrebatamento, rejeição, questionamento, resistências. Perguntamos: Por que preciso assistir ao filme O Nome da Rosa? O que isso vai me ajudar no dia-a-dia com os alunos? É normal e esperado que essas questões apareçam, pois, só com o amadurecimento intelectual e a intervenção de nossos educadores, poderemos entender a riqueza que esse “material” nos oferece e a oportunidade que estamos tendo hoje.
            Ao ler sobre filosofia e senso comum, Pode-se dizer que senso comum é o conjunto de conhecimentos (óbvios) adquiridos ao longo da vida.
            Apoiada em uma corrente filosófica citada em uma das aulas, defendo que não existe treinamento científico sem base no senso comum. Este é o aperfeiçoamento daquele. Precisamos partir de um ponto.
            Acabo de ler um artigo dizendo que a ciência, ao contrário do senso comum, não acredita em magia. Como explicar então o fato de um médico (cientista), por exemplo, ter uma determinada crença ou religião? Não deveriam ser todos os médicos ateus? A crença de um médico religioso está enraizada no seu senso comum. Este senso não o abandona durante o treinamento científico, porque o treino surge a partir do senso comum e não contra ele. O mesmo texto diz que “todo ser humano é passivel de crer em magia, consciente ou não. Quem nunca bateu três vezes na madeira, rezou para São Longuinho (e depois deu três pulinhos) ou cruzou os dedos em final de campeonato esportivo? Quem só dorme com as portas do guarda-roupa fechadas, assopra os dados antes de lançá-los ou não deixa chinelo virado nem por decreto?
            O senso comum e a ciência partem do mesmo princípio: a necessidade do homem de compreender o mundo e a si mesmo. O ser humano, por milhares de anos, viveu numa sociedade em que não havia ciência e mesmo assim deu continuidade ao processo de evolução. É preciso compreender que sendo a ciência um refinamento do senso comum, deve então respeitá-lo e não desprezá-lo, já que esse serve de ponto de partida para aquela.
            O ser humano precisa de referências. É isso que estamos aprendendo a organizar cognitivamente em nosso cotidiano ao assistirmos aulas, que num primeiro momento, aparentam ser desinteressantes e, possivelmente, num segundo momento podem ser tornar apaixonantes.
            É nesse contexto que estamos nos apropriando da criticidade frente a situações reais, para assim avaliar e administrar questões referentes tanto à gestão, bem como ao cotidiano dentro das salas de aula, ao mostrar o caminho para a dignidade e autonomia de nossos futuros alunos e de nós mesmos.  
           

3 comentários:

  1. Gente,

    Depois da briga feia que comentei anteriormente, fico até constrangida em apresentar este texto amanhã às minha "colegas de grupo", mas fazer o quê?
    Eu penso assim e não posso deixar de defender as minhas ideias.

    Ah! Detalhe: troquei de grupo, esta é a última avaliação que faremos juntas...
    Será que estou apenas trocando de problema?

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  2. Oi Lola querida!!!
    Estas bem empenhada nos estudos, como é lindo ver pessoas aprendendo pra ensinar!!!
    Lola, li uma vez um livro não lembro o nome, ele o(autor) deu exemplo sobre passado,Como se tu estivesse num caminho e passasse sobre a ponte chegando lá do outro lado corte a corda que segura a ponte.Entendeu?
    Acho que tu cortou a corda!!!Vivaaaa
    Isso me intriga a gente faz coisa e depois lê ou fica sabendo, que foi certo,que fez o que tinha que ser feito. Curioso né? será Makitub?
    Bjos Carinhosos

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  3. Oi amiga, que bacana a notícia que me deu sobre seu pai e o tratamento. Com otimismo e aderência ao tratamento, com certeza ele terá muito sucesso. Vou chegar hj em Campinas para um congresso, acho que sera bacana. Um beijo flor, fique bem. Bjks

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